A estria, cicatriz muito temida por mulheres e também por uma parcela da sociedade masculina, ocorre por conta de lesões que acontecem com o rompimento das fibras elásticas e colágenas, que são responsáveis pela firmeza da pele.
Como surge a estria
Um estiramento inesperado da pele é a principal razão do surgimento das estrias. Por essa razão seu aparecimento é muito comum em dois momento específicos da vida, na idade adulta, durante a gravidez, ou então na adolescência, quando acontece o estirão de crescimento. A segunda causa é bastante comum em meninos, que podem desenvolver a estria nas costas.
Aparência da estria
As estrias são definidas por linhas paralelas que, em um primeiro momento, surgem na cor rosa, muito próximas ao tom da pele. Conforme essa cicatriz aumenta de profundidade nas camadas da pele, altera de cor, passando para um tom arroxeado e em uma última fase, se torna branca. Dependendo da profundidade em que estão, podem ter uma discreta elevação.
A espessura e largura pode variar, dependendo do organismo da pessoa e se já está sendo adotado algum tratamento para a redução da cicatriz.
Regiões mais afetadas pelas estrias e causas
Nádegas, coxas, abdome e costas. Essas quatro regiões são as mais afetadas pois são os locais em que acontece uma maior distensão inesperada da pele, como por exemplo em situação em que a pessoa engorda ou emagrece repentinamente, ou como já citado, durante a adolescência.
Exercícios físicos realizados de maneira exagerada ou errada, também podem causar esse rompimento brusco das fibras elásticas e colágenas. Em alguns casos, elas também podem surgir nos seios, no caso das meninas por conta da puberdade, e nas mulheres, devido a implantes de mama.
Uso contínuo de corticóides tópicos, orais ou injetáveis, também são fatores que podem gerar essa ruptura inesperada das fibras, pois esses medicamentos podem causar inchaço, uma situação totalmente inesperada para as fibras elásticas e colágena.
Tratamentos
Existem tratamentos que ajudam a amenizar a aparência das estrias, mas nem sempre os resultados obtidos podem ser satisfatórios. Para aumentar a eficácia, é recomendável que a cicatriz seja tratada assim que surgir, quando ainda tem o tom rosado.
A consulta a um dermatologista é extremamente recomendável para que o profissional possa entender a causa da estria, como organismo do paciente se comporta e em que fase ela está para poder indicar o tratamento mais adequado.
Para tratar ou evitar o avanço da estria, no caso da cicatriz já estar mais profunda, pode ser necessário usar cremes para potencializar os efeitos dos tratamentos realizados no consultório do dermatologista.
Ácido retinóico, ácido glicólico ou vitamina C, são compostos que podem estar presentes nos cremes para potencializar os procedimentos como microdermoabrasão, radiofrequência, microagulhamento e lasers.
Os lasers mais comuns nos procedimentos realizados para combater o avanço ou tratar a estria são o dye laser,, a luz intensa pulsada e os lasers fracionados não ablativos e ablativos.
Os resultados de cada um desses tratamentos varia de paciente para paciente e também por conta do estágio em que a estria está.
Como funciona cada tratamento
Cada procedimento é realizado de uma maneira, entenda a diferença entre cada um.
Microdermoabrasão: consegue suavizar não somente a textura das marcas na pele, como também o tamanho e cor da estria. Também chamado de peeling de cristal, esse tratamento consiste em uma aparelho com sistema a vácuo que realiza a pulverização de microcristais de óxido de alumínio na região que será tratada, fazendo uma esfoliação mecânica que elimina a camada mais superficial da pele, enquanto a sucção retira as células mortas.
A abrasão feita pelos microcristais contribui para o nascimento de uma nova pele mais lisa, elástica e uniforme e, a aparência da estria fica mais suave e menos visível.
Esse procedimento é simples de ser feito, mas não é recomendado para grávidas, lactantes,pessoas que tenham herpes, lúpus, verrugas, erupções cutâneas e úlcera.
Radiofrequência: nesse procedimento a temperatura da pele é elevada, pelo aparelho de radio, até 42 graus, e nesse momento as membranas das células de gordura são eliminadas, por conta do aquecimento do tecido que também induz à vasodilatação do local e estimula à formação de um novo colágeno.
Grávidas, portadores de Câncer, doenças circulatórias e problemas de coagulação não devem realizar esse procedimento.
Microagulhamento: realizado por um equipamento chamado Roller, que possui cerca de 200 agulhas, e realiza microperfurações na região que será tratada, induzindo um processo de inflamação da área, estimulando as células que produzem o colágeno.
Gestantes e pessoas que possuam herpes na região que será tratada não podem realizá-lo.
DYE Laser e Luz Intensa Pulsada: os dois procedimentos emitem luz ou laser que são atraídos pela cor vermelha. Por essa razão, estrias avermelhadas tem mais chances de serem eliminadas pela LIP ou pelo DYE.
Érbium: fototermólise fracionada, atinge uma pequena área da pele. As regiões próximas ao local que receberam o laser começam um processo de regeneração da cútis, o que promove a produção do colágeno na pele.
É possível prevenir a estria?
O controle do ganho de peso é uma das maneiras mais efetivas de prevenção à estria, pois evitando que a pele sofra grandes distensões, se diminui as chances de haver um rompimento das fibras colágenas e elásticas inesperadamente.
Cremes hidratantes também são uma alternativa para evitar o aparecimento ou avanço das estrias. Não existe uma confirmação científica que durante a gestação o uso de cremes ajude a prevenir a criação das estrias, mas esse é um procedimento que bastante benéfico para o cuidado da pele.
Por mais que a estria seja algo comum, é importante que o procedimento ideal para diminuir a cicatriz seja realizado por um médico dermatologista credenciado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, pois somente ele estará capacitado a para orientar e dar o suporte pré e pós tratamento para o paciente.